Virada Cultural

Neste fim-de-semana participei da Virada Cultural em São Paulo. Foi por isso que acabei não publicando meu artigo pro Movimento Blog Voluntário aqui. Não é nenhuma desculpa, apenas uma explicação. Em compensação, não deixei de publicar no site da Comunidade WordPress-BR um post Sobre Emails. Espero ter contribuido, mesmo que minimamente.

Agora voltando ao assunto desse artigo, a Virada Cultural foi muito bacana. É legal a gente poder curtir São Paulo, prá variar, ao invés de brigar com essa cidade que eu amo odiar. Dá um certo alento pensar que São Paulo ainda pode oferecer coisas boas e não apenas a costumeira agressividade do seu trânsito, da pressa, do mau humor, da indiferença das pessoas. Porém, nem tudo foram flores. Vou destacar os pontos positivos e negativos ao meu ver.

Pontos Positivos

A programação foi muito boa. Arte para todos os gostos e estrategicamente posicionada para não dar xabu, como aconteceu no ano passado. No sábado, fizemos uma via sacra percorrendo todos os palcos do centro. Foi uma canseira, mas deu prá ter uma idéia geral e pegar o Renato Borghetti no Instrumental Brasileiro, dançar um pouco na Pista das Casas e voltar prá casa esperando acordar a tempo das atrações do dia seguinte. Também deu prá flagrar um momento comovente, quando alguns moleques de rua se divertiam junto com o Bloco da Virada, mostrando que são apenas crianças.

Domingo, depois de acordar com aquele ressacão, só conseguimos assistir pelo telão do lado de fora do Municipal ao show ‘O Importante é que a nossa Emoção Sobreviva”. Visceral e emocionante mesmo pelo lado de fora. Iluminados pela performance de Eduardo Gudim, Paulo César Pinheiro e Márcia, resolvemos enfrentar a fila para assistir pelo lado de dentro ao show “Onze Sambas e Uma Capoeira de Paulo Vanzolini”. Foi a melhor coisa, maravilhoso ver o velhinho em toda sua vitalidade tomando uma cervejinha no palco e falar de pessoas como Caribé e Sergio Buarque de Holanda com a maior naturalidade, fazendo inveja na gente. Interessante também saber mais sobre a importância desse senhor para a teoria da Evolução de Charles Darwin, através do documentário exibido antes do show.

Para encerrar nossa virada, assistimos um pouquinho da Fernanda Takai no Palco das Meninas, e nos matamos de rir, cantar e pular com o Ultraje a Rigor no Rock República. Foi o máximo relembrar aqueles rocks de letras completamente débeis, descontraídas e boca-suja.

Pontos negativos

Bom, o maior ponto negativo foi a sujeira, que estava intolerável. Podemos culpar a prefeitura que não soube fazer suas secretarias interagir aproveitando a ocasião para promover ações de consciência ambiental sobre lixo e coleta seletiva. Mas o maior culpado mesmo é o público que já tá careca de saber que não se joga lixo no chão. O público é realmente PORCO. Além do lixo, teve também o problema do xixi. Não sei o que pensar, se a solução seriam mais banheiros químicos, melhor posicionados, mas do jeito que foi, não dá. Precisa melhorar isso.

Por fim, o balanço foi positivo. Já estou esperando pelo próximo ano, mas com menos lixo, por favor.

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