Preconceitos de design – Colorido, sim, por que não?

Adoro coisas coloridas, cores fortes e vivas, cores alegres. Isto para mim é um obstáculo como designer pois geralmente todos clientes sempre fogem delas como diabo da cruz, simplesmente porque acham que cores fortes não passam uma imagem confiável ou até mesmo de masculinidade. Quanta caretice, meu Deus! É verdade que as cores vivas e fortes transmitem felicidade e alegria, mas para mim estes conceitos não são opostos de confiabilidade.

Vivemos em um mundo onde as pessoas se sentem infelizes e descontentes a maior parte do tempo, presas no trânsito, moram em prédios de concreto, nunca questionam nada, vivem “seriamente” para um amanhã que nunca chega. Conformadas com o cinza de suas vidas, elas perpetuam esta convenção de normalidade para seu entorno e não se permitem arriscar e serem alegres. “Ser alegre e colorido não é normal”! “Não é aceitável ser alegre e colorido”!

Qual o problema em ser alegre? Para mim, a beleza é o principal objetivo do meu trabalho, e preste atenção que para mim beleza engloba o conceito de funcional, como complemento da forma, e não seu oposto, como acostumamos assistir na eterna discussão da forma versus a função. Acho que a alegria é um sentimento que deixa a gente mais próximo da beleza.

Mas o que me deixa mais incomodada nessa história é quando o medo da cor na verdade é homofobia, medo de ser considerado gay por causa de uma cor mais viva. Ora, meu filho, se você acha que depende de cor para afirmar sua masculinidade/sexualidade, é porque tem algo muito errado aí. Vai fazer terapia, vai!

Também não quero dizer que tudo tenha que ter cores fortes e vivas sempre, mas é preciso arriscar mais e abandonar os velhos preconceitos. Para provar meu ponto, relaciono abaixo uma série de sites que considero muito bons e que são extremamente coloridos.

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