A tua existência me esvazia. Não sou mais. A minha vida deixa de ser vida, é uma não-vida. Diferente da morte, onde tudo termina, na minha não-vida tudo caminha a galope, me distanciando cada vez mais daquilo que não foi, que era quase, se. Sou um ponto atrás da orelha queimando. Dando minhas braçadas n’água, eu me sinto cada vez mais inexistente. Meu corpo, minhas pernas, sinto a água passar e acariciar. É por isso que eu gosto da água. Eu me misturo nela e não sou mais, sou água, sou nada. 

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AH! Submerjo e quero o contrário: quero ser tanto tanto tanto tudo tudo tudo. Tenho em mim todos os sonhos do mundo. Eu quero o ar, o sol, o mar, a noite, a lua, as estrelas, nuvens, asas, ondas, matas, cachoeiras, céu, chuva, fogo. Eu quero! 

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