Acordei e fui comprar água. Água na ilha é cara. Não se encontram garrafas de mais de 600ml nos mercados nem galões. A água encanada é ruim, é salobra. O jeito foi comprar duas dúzias de garrafas de 600ml, total mais de R$57,00!!
Depois de deixar as garrafas em meu quarto, fui pro ponto de ônibus e me encontrei com um casal que conheci no pôr-do-sol da baía do Sancho passamos o dia juntos. Fomos para o Porto com intenção de mergulhar. Acabamos pagando um guia para levar a gente até o naufrágio do barco grego, que dizem está lá há mais de 100 anos. Por R$40,00 e mais R$50,00 de fotos com uma GoPro. No fim acho que a gente não precisava do guia, é tudo ali muito perto, mas as fotos talvez tenham valido a pena. Ainda não vi pois salvaram num CD e não tenho nenhum leitor. Me diverti bastante vendo peixinhos, tubarão, tartarugas e arraias e o naufrágio que por si só é interessante.
De lá fomos olhar o museu do tubarão, que confesso não me interessou. O melhor de lá foi o banheiro limpo e um suco de kiwi muito gostoso que tomei. Seguimos para a Vila dos Remédios onde almoçamos no restaurante por kilo mais popular e talvez um dos mais baratos e de lá fomos para a praia da Conceição onde ficamos até o sol se por.
Chegando em casa, minha quentinha já me esperava. Dona Geselda, o esposo e o filho ficaram por ali conversando comigo enquanto eu jantava. Apesar da vida nada fácil que levam por lá, sem um hospital, muitas vezes sem água, preferem morar lá do que em Recife por conta da tranquilidade. “Aqui a gente sai de casa e larga tudo aberto e destrancado. Nada acontece.” Todos se conhecem pelo nome, se não, pelo menos de vista. Da varanda cumprimentam quase todos que passam na rua. Dona Geselda tem no quintal um pequeno pomar. Tem goiabeira, acerola, bananeira, mangueira. Todas as noites me preparava uma bela jarra de suco pra acompanhar o jantar. Me arrependi de não tirar nenhuma foto deles e da casa.