Eu virei um monstro! I’m a badass woman!
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“Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome.” – Caetano Veloso
“Respeito muito minhas lágrimas,
mas muito mais minha risada!”Caetano Veloso
Coração selvagem
Não se aproxime do meu coração,
meu coração corre descalço e nu
a galope
em pelo
com raiva
brigando
orgulhoso
duro como pedra
inquebrável
grande e sangrento
incólume
Ele derrama de vazio
se enche de nada
ele bate com força
cada vez mais forte
descompassado
aguardando o grande dia de parar.
O meu coração selvagem.
Love, sweet love
What the world needs now is love, sweet love
Burt F. Bacharach / Hal David
It’s the only thing that there’s just too little of
What the world needs now is love, sweet love,
No not just for some but for everyone.
A dor e a delícia
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Caetano Veloso
A auto estima aqui é baixa, apesar de ter uma voz no ouvido soprando o quanto eu sou boa, a que ganha é a voz de quem ouviu poucos elogios vindo daqueles que mais importam, a voz exigente e nunca contente, a voz perfeccionista. Eu carrasca de mim mesma.
Aprendi sozinha a amar meu corpo, mesmo sendo perfeito. Não perfeito nos moldes das revistas, dos olhares obcecados com as curvas perfeitas e generosas. Perfeito em sua função de me levar aonde quero, de expressar meus sentimentos, de ser minha mídia nesse mundo de ilusão.
Amo meus valores e não tenho dúvidas quanto a isso. Essa clareza tive a sorte de atingir logo na vida.
Agora busco amar a minha forma de ser. A minha forma errada, imperfeita, às vezes incoerente, às vezes insana, mas sempre sempre quente e verdadeira, transparente e direta. Às vezes branda, sempre rígida, na maioria das vezes alegre. Apaixonada e cheia de compaixão. Nem sempre justa, nem sempre prudente. Triste, inconformada, pessimista, mas sempre contraditoriamente esperançosa, humana.
Essa sou eu e eu preciso me amar apesar da dor de ser, porque ser também é um prazer.
“O Brasil é uma republica federativa cheia de árvores e pessoas dizendo adeus.”
Oswald de Andrade
Espero que a partida seja feliz e espero nunca mais voltar.
F. K.
Quando eu penso na Frida Kahlo, penso como o sofrimento dela foi produtivo e deu origem a uma obra linda e inspiradora. Isso me dava um alento, meu sofrimento poderia ter algum sentido, mas eu não tenho essa força. Meu sofrimento só gera mais sofrimento. É um laço infinito. E ao mesmo tempo é um sofrimento pequeno em comparação com outros sofrimentos e eu sou ridícula, eu não sou nada e meu sofrimento é insignificante, eu sou insignificante. Eu sou tão valiosa quanto uma formiga que eu esmago com meus dedos como quem limpa uma sujeira. Eu não sei o que estou fazendo aqui e nem porquê. Não quero saber na verdade, não me interessa mais. Só quero saber quando eu vou embora…
Paraty






























